Os termos surdez e deficiência auditiva são, muitas vezes, usados como sinônimos. Porém, é importante lembrar que eles possuem diferenças que devem ser respeitadas.

E é isso que você vai conferir neste artigo.

A seguir, você poderá entender o que é ser deficiente auditivo e surdo e quebrar o estigma com essas duas nomenclaturas. Afinal, quem tem uma dessas características quer e deve ser tratado da maneira correta, certo?

Continue a leitura e saiba tudo!

Surdez e deficiência auditiva são sinônimos?

Não. Como você já viu, essas duas expressões não querem dizer a mesma coisa. Veja o que cada uma delas quer dizer:

Surdez e deficiência auditiva: os parcialmente surdos

Como o próprio nome já diz, o parcialmente surdo é aquele que tem diferentes níveis de dificuldade para ouvir. Nesse caso, o nível de surdez pode ser leve ou moderado. Para essas pessoas, um aparelho auditivo ou implante coclear pode ajudá-las a ouvir melhor.

Além disso, os parcialmente surdos são bem mais presentes em nossa sociedade do que muita gente imagina, visto que diferentes situações pode levar as pessoas a terem o seu nível de audição comprometido ao longo da vida.

Por isso, o ideal é quebrar aquele estigma de que todos os surdo se comunicam por libras. Muitos parcialmente surdos podem não fazer o uso da língua de sinais e podem fazer uso de outros recursos assistivos, ou mesmo nem precisam.

Portanto, um parcialmente surdo é aquele que tem a capacidade de ouvir sons reduzidos, em níveis diferentes, podendo ser em um ou nos dois ouvidos. Por isso, os deficientes auditivos podem se comunicar também pela linguagem oral e não exclusivamente pela língua de sinais.

Surdos – ausência da audição

A pessoa que tem surdez, de fato, é quem não tem audição alguma. Isso pode ser em um ou ambos ouvidos. Nesse caso, os surdos costumam se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras, mas isso não é uma regra.

Então, nem sempre os surdos fazem uso das Libras. Pessoas que se tornaram surdas ao longo da vida, em uma idade avançada, por exemplo, são exemplos clássicos de pessoas que não fazem uso dessa língua. No entanto, existem vários exemplos.

Além disso, no Brasil, a língua é conhecida como meio legal de comunicação. Por isso, é chamada de língua, e não de linguagem.

Por fim, para se ter certeza entre as diferenças entre surdez e deficiência auditiva, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), salienta que a profundidade da perda auditiva é o que define cada um dos termos. Ou seja, perda parcial = deficiência, perda total = surdez.

Libras: conheça a língua materna das pessoas surdas

Você viu acima que quem tem deficiência auditiva pode se comunicar por meio da fala ou por Libras, que é a Língua Brasileira de Sinais.

A forma de comunicação em Libras é reconhecida como a língua oficial dos surdos e tem uma gramática própria, não seguindo as do português. Portanto, não é uma interpretação de sinais do português, mas sim uma língua criada para permitir a comunicação entre deficientes auditivos ou qualquer pessoa que saiba se comunicar em Libras.

Para se comunicar em libras, é necessário fazer uso dos sinais corretos e também das expressões. E uma curiosidade: assim como no português, a comunicação em Libras também tem suas regionalidades, ou seja, em certos pontos do Brasil que podem diferir em alguns sinais.

Em 1993 criou-se o projeto de lei para a regularização e oficialização da língua, mas foi só em 2002 que foi reconhecida dessa forma.

Dessa maneira, a comunicação por Libras tornou-se mais abrangente e inclusiva, já que facilita a comunicação entre pessoas.

Cenário do Brasil: surdez e deficiência auditiva

Segundo dados do IBGE, 10% da população brasileira tem, em algum nível, comprometimento auditivo. Desse total, 2,7 milhões são surdas completamente ou escutam com dificuldade, fazendo o uso de aparelhos.

É muito importante, olhando para esse cenário, que as pessoas que tenham deficiência auditiva ou que sejam surdas, se sintam incluídas na sociedade. Por isso, incentivar o aprendizado de Libras ajuda a criar uma comunidade mais inclusiva.

Para se ter uma ideia, estudos apontam que apenas 7% da população surda tem ensino superior completo, enquanto 15% foram até o ensino médio e 46% até o fundamental. 32% desse total não tem grau de instrução.

No mercado de trabalho, 43% são empregados e 37% trabalham como autônomos. Porém, essa realidade deixa transparecer uma realidade: muitos desistiram de procurar emprego e viraram autônomos.

Quais são as terminologias que podem ser usadas?

Quando se fala em inclusão, se fala também em respeito às comunidades que são minoria e que precisam e merecem ter espaço na sociedade. Por isso, também é importante saber quais termos usar para se relacionar de forma saudável com todos.

Por isso, é muito importante saber diferenciar os termos e entender como se referir a pessoas com diferentes níveis de deficiência e também aos surdos.

Na nossa comunidade, pessoas com comprometimento da audição ou completamente surdas, geralmente, não se incomodam de serem chamados assim. Mesmo aquelas que ainda ouvem pouco, podem ser chamadas de deficientes auditivas.

Por isso, é importante ressaltar que ao longo do relacionamento com essas pessoas, não haja constrangimentos em relação às nomenclaturas e que é preciso estabelecer uma relação naturalmente, em que a pessoa deve ser respeitada. Ou seja, na dúvida, pergunte e entenda como ela prefere ser chamada.

Nas empresas, aumentar a quantidade de deficientes auditivos e surdos trabalhando é fundamental. A inclusão não está somente em saber conversar, entender as diferenças e respeitar, é preciso incluir. Criar vagas em que essas pessoas possam estar e dar a oportunidade, principalmente, é o mais importante quando se fala em acolher essas pessoas.

Os surdos e deficientes auditivos têm plenas condições de exercerem certas funções. Basta uma oportunidade e menos preconceito para que elas sejam inclusas e mostrarem seu valor e contribuição para a sociedade. E se você tem uma empresa, que tal incentivar seus funcionários a aprenderem Libras?


Aproveite, e veja como ter uma comunicação totalmente acessível em sua empresa!

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